O Brasil é um país com um clima realmente ensolarado e agradável, água doce abundante, belas praias e um povo caloroso, simpático e diversificado.
Por meio dessa descrição, quando pensamos na produção de eletricidade, visualizamos uma grande quantidade de geração e disponibilidade de energia elétrica no país, produzida por painéis solares, turbinas eólicas e pequenas centrais hidrelétricas.
No entanto, esta não é a imagem certa da situação da produção brasileira de eletricidade. De toda a eletricidade produzida no país, 68% vem de usinas hidrelétricas, 8% de biomassa, 5% de eólica e 0,01% de solar.
Essa distribuição altamente dependente das hidrelétricas acaba impactando diretamente na conta de luz da população. Entenda como isso acontece:
Por que a energia é tão cara?
Uma das perguntas mais comuns por parte da população no que diz respeito às suas contas está relacionada ao custo cada vez maior de energia elétrica no Brasil e os motivos pelos quais as concessionárias de distribuição de energia cobram tanto.
No entanto, é fundamental entender que a maior parte da formação do custo da eletricidade vem do processo de geração de energia. Outra parte está relacionada aos impostos e tarifas. Por fim, existem todos os custos de transmissão e distribuição, que representam as menores taxas.
Para completar o quadro, lembremos que cerca de 20% de toda a energia elétrica gerada neste país é desperdiçada (perdas técnicas, sistemas mal projetados, construção de má qualidade ou simplesmente roubada).
Portanto, quando as chuvas não vêm como o governo espera, é necessário recorrer para as termelétricas.
Não só sua operação é muito mais cara, como seus custos de manutenção (serviços, peças de reposição, etc) são muito maiores. Todos esses custos adicionais irão para a conta de energia elétrica.
Não é por acaso que a conta de luz dos brasileiros está entre as 50 mais caras do mundo, com um custo de US$ 0,14 por Kwh. Esse foi o resultado segundo o ranking de tarifas do Global Petrol Prices de março de 2020.
Em média, o valor fica atrás do que é cobrado na maioria dos países europeus, como Alemanha, mas à frente das nações em desenvolvimento, como México.
Em suma, é triste notar que há uma cascata de custos / impostos que impactam o custo da eletricidade no Brasil. A falta de planejamento e execução do projeto nos levou à beira de apagões de energia e da necessidade de aumentar os custos de geração de energia.
5 motivos que encarecem a energia
Além dos pontos citados acima, existem outros fatores que impactam diretamente no valor da conta de luz dos brasileiros:
1 – O Brasil é altamente dependente de mudanças no ciclo hidrológico
Devido à sua disponibilidade de água doce, 68% do fornecimento de energia elétrica no país é fornecido por usinas hidrelétricas. No entanto, nos últimos anos, o país enfrentou graves secas, que causaram cortes de energia elétrica e apagões.
As secas ocorreram devido a modificações no ciclo hidrológico causadas pela variabilidade natural do clima e pelas mudanças climáticas, que diminuíram os níveis médios de água nos reservatórios das hidrelétricas.
Como resultado, a alta dependência da energia hidrelétrica coloca em risco a segurança e o abastecimento elétrico do país, especialmente na região Sudeste, que é a mais populosa e demandante.
2 – Os preços da eletricidade são extremamente voláteis
Outra consequência da alta dependência do setor elétrico da geração hidrelétrica é o aumento dos preços da eletricidade para o consumidor.
Os baixos níveis médios de água nos reservatórios de hidrelétricas tornam necessário aumentar a oferta de energia térmica para atender a demanda de eletricidade do país nos períodos de seca.
Essa fonte de eletricidade não é apenas ruim para o meio ambiente, gerando emissões de gases de efeito estufa que poderiam ser evitadas, mas também é muito mais cara que a hidroeletricidade.
Portanto, os preços da eletricidade no Brasil têm sido bastante altos nos últimos 4 anos e as pessoas estão sempre dependendo dos verões chuvosos para pagar um preço justo pela eletricidade.
Para amenizar os impactos dessa situação, principalmente durante esse momento de crise causado pelo coronavírus, o senador Rogério Carvalho (PT-SE) apresentou o PL 3.851/2020 que veda reajustes na tarifa de energia elétrica em 2021.
De acordo com o projeto de lei, ficará vedado o reajuste tarifário para o setor elétrico até janeiro de 2022.
3 – Não utilização de fontes renováveis
Devido aos elevados níveis de desigualdade, grande parte da população brasileira luta para ter suas necessidades básicas atendidas. Assim, você pode imaginar que instalar um painel solar, por exemplo, em seus telhados não faz parte da realidade da maioria dos brasileiros se não houver subsídio ou microcrédito.
Consequentemente, a maioria da população continua dependendo da rede que não pode garantir a segurança energética em anos secos e torna-se refém dos preços altos e voláteis da eletricidade.
4 – As pessoas não sabem que podem se tornar independentes
Apesar de a grande maioria da população no Brasil não ter condições de instalar um painel solar em seus telhados / terrenos, a maioria das pessoas das classes média e alta que poderiam pagar por instalá-los não sabem que isso não só já é acessível, mas também é uma oportunidade de negócio.
Como resultado, o número de famílias que têm produzido eletricidade de forma independente ou que estão comprando suas ações em parques / cooperativas de energias renováveis está crescendo em um ritmo muito mais lento do que em outras regiões da Europa, por exemplo.
5 – Algumas comunidades rurais ainda não têm eletricidade
Embora o programa do governo “Luz para todos” tenha aumentado o acesso à eletricidade no Brasil e o país hoje apresente mais de 99% da taxa de eletrificação, algumas comunidades em áreas rurais remotas ainda não têm eletricidade em suas casas.
Além disso, mesmo nos casos em que comunidades remotas tenham acesso à energia elétrica, sua localização geográfica isolada tornava a manutenção constante da tecnologia um desafio, o que comprometia a sustentabilidade da iniciativa.
Portanto, esses tipos de programas e iniciativas ainda carecem de mecanismos de gestão e programas de capacitação dos moradores locais para garantir a universalização do acesso à energia elétrica.
É possível driblar esses custos?
Como você viu, o cenário das contas de luz no Brasil não é dos mais animadores. Por isso, a população e os empresários precisam encontrar alternativas para evitar desperdícios e manter os custos controlados.
Se você deseja encontrar uma solução para contornar os valores exorbitantes de energia no Brasil, contar com um serviço de aluguel de geradores pode reduzir o valor da sua conta no final do mês e tornar as suas operações muito mais seguras!
O gerador pode trazer uma economia para alguns clientes horo sazonais que têm uma alta tarifação durante o horário de ponta. Dependendo do valor pago pelo cliente, a utilização do grupo gerador pode trazer economia para o consumo neste período de maior demanda.