Morar em um país tropical traz consigo vantagens e também desvantagens. Dentre as vantagens, sol, céu azul e um clima perfeito para esticar até a praia na maior parte do ano.
Entre as desvantagens está a alta incidência de queda de raios e os prejuízos que isso pode causar.Isso porque as nuvens presentes na zona tropical possuem condições que favorecem a formação dessas descargas elétricas. E o Brasil é o maior país nessa região.
Mas, e como evitar que os raios prejuízos financeiros aí na sua casa ou empresa? Descubra agora.
Por que os picos de energia acontecem?
Os picos são caracterizados por alterações súbitas na frequência da rede de energia elétrica. Dentre os principais motivos que ocasionam esses picos estão a queda de raios, isso porque os raios são, nada menos, do que descargas de alta intensidade energética.
Para se ter uma noção, de acordo com informações do INPE, a carga de um único raio é de 30 mil Ampares. O que significa, em linhas gerais, cerca de mil vezes a intensidade de um chuveiro elétrico em pleno funcionamento.
Se a queda de um único raio pode provocar grandes prejuízos, imagina o risco de quem vive em um dos países com maior incidência desse fenômeno em todo o planeta? É o caso do Brasil. Segundo levantamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) a média nacional de quedas de raios em território brasileiro é de 78 milhões.
E durante a primavera e o verão, estações mais quentes e com maior volume de chuvas, os raios caem com maior frequência. Em média 80% das descargas de todo o ano acontecem nesta época. Portanto, o cuidado deve ser redobrado.
Quais são os prejuízos causados pelos picos de energia?
Equipamentos elétricos queimados são os prejuízos sentidos no bolso logo de imediato. Mas existem danos que sequer podem ser calculados.
Uma notícia recente sobre esse assunto relatou o que aconteceu em Jardinópolis, São Paulo. Linhas de produção acabaram todas paradas e o prejuízo chegou a alcançar o valor de até R$ 4 mil por dia.
Afinal, em situações assim, não é só a máquina que acaba parada, mas também os funcionários que a operam. Ou seja: os gastos são dobrados.
Apesar de existirem leis que garantem o ressarcimento no caso de danos provocados por falha da concessionária, existem situações em que o problema sequer pode ser medido.
Quando isso acontece em estabelecimentos comerciais, por exemplo, além das vendas que podem acabar sendo perdidas pela falta de energia para manter os caixas em funcionamento, os clientes que presenciam essa situação na loja podem nunca mais voltar. E aí, quem é que paga essa conta?
É possível evitar prejuízos ocasionados por picos de energia?
Sim, existem alguns cuidados que ajudam você a manter os equipamentos elétricos da sua casa, ou estabelecimento comercial, protegidos contra esse tipo de coisa. Anote aí:
- Começou a chover? É melhor tirar tudo da tomada. Essa é a solução mais simples e é indicada especialmente para residências, onde é possível desligar os equipamentos de uma hora para outra.
- Utilize fontes alternativas de energia elétrica, como geradores de energia. Essa dica é, em especial, para estabelecimentos comerciais, onde equipamentos queimados podem custar muito caro.
- Faça o uso de dispositivos de proteção contra surtos (DPS). Esses equipamentos identificam alterações na rede de energia e rapidamente ajustam essa variação antes que ela chegue no equipamento.
Existem, basicamente, dois tipos de DPS: geral e individual. O DPS destinado ao uso geral é instalado bem próximo à caixa de distribuição de energia da casa.
Já o DPS individual é colocado em uma única tomada, geralmente a tomada utilizada para alimentar equipamentos mais caros cujo dano sairia igualmente salgado para o bolso.
Você pode estar pensando “onde estão os estabilizadores e no-breaks”? E é aí que você pode se surpreender.
Esses equipamentos não tem a função de proteger os seus eletrônicos no caso dos altos picos de energia provocados por queda de raios. Seu papel está limitado a estabilizar a energia em situações onde há pequena variação.
Ou seja, os estabilizadores e no-breaks possuem uma “faixa de tolerância” que determina até onde essa proteção se estende e, portanto, não são indicados como única proteção.
Qual a diferença entre estabilizadores e no-breaks?
Já está claro que os estabilizadores e no-breaks, apesar de úteis, não são a melhor proteção em caso de picos de energia elétrica, especialmente os provocados por queda de raios.
Isso porque ambos possuem um limite de tolerância que determina até que potência eles conseguem “neutralizar” evitando, assim, que os eletrônicos acabem queimados.
Mas qual a diferença entre os dois?
Ambos possuem a função de estabilizar a corrente de energia, mas o no-break possui também baterias que mantém o equipamento ligado. Sua autonomia pode variar entre 20 minutos até 4 horas, tudo depende do modelo e da energia necessária para manter o eletrônico ligado.
É por isso que eles são comumente usados em computadores, onde a queda de energia pode ocasionar na perda de informações importantes.
Conclusão
Se você possui um estabelecimento comercial, alugar gerador de energia pode salvar o seu negócio desse tipo de imprevisto. Inclua isso nos seus investimentos do próximo ano e livre-se dos picos de energia do próximo verão.