No projeto arquitetônico seja em sua residência, consultório ou indústria um dos fatores primordiais para que o ambiente fique dentro dos padrões de conforto para utilizar aquele espaço é a questão da iluminação.
Um ambiente fabril com uma iluminação inadequada pode ocasionar uma grande de produtividade e até mesmo acidentes operacionais.
Com isso, ao projetar um ambiente o responsável pela obra deve se atentar e balancear de forma harmônica as questões de iluminação artificial e natural.
Nessas ocasiões o uso da intuição pode custar caro e dessa forma a melhor escolha é realizar os devidos cálculos e saber qual luminosidade correta para o ambiente, quantas luminárias serão necessárias e quais os tipos de lâmpadas corretos.
Normas para luminosidade
A ABNT estabelece normas padronizadas para a correta iluminação de cada ambiente, ou seja, cada ambiente possui um nível de iluminância (E) ideal, e para a classificação de cada ambiente é analisado quais as atividades exercidas no determinado ambiente. Para isso a ABNT disponibiliza uma tabela que auxilia no momento dos cálculos.
Além de estabelecer a iluminância ideal para o ambiente projetado deve-se levar em conta as condições do ambiente, ou seja, as dimensões do local qual a largura, comprimento, pé direito e claro a altura do plano de trabalho, características como material do teto, parede e chão e suas cores são tão importante quanto as dimensões, pois cada material e cor possui um Grau de Reflexão especifico. Grau de reflexão basicamente é o fator que contabiliza o quanto do fluxo luminoso retorna ao ambiente quando entra em contato com esses materiais. Abaixo colocamos uma tabela também fornecida pela ABNT que contém o Grau de reflexão a ser considerado na base de cálculo.
Como escolher luminária e lâmpada
Mais importante de saber quanto usar de luminária e lâmpada é saber qual equipamento comprar. No mercado existe diversos tipos e modelos de luminárias e lâmpadas e com diversos preços também, porém algo que poucas pessoas observam na hora de comprar uma luminária é de analisar seus fatores de fluxo de iluminação se está adequado para seu ambiente, se aquele design é o mais correto ou não, para isso em uma luminária deve-se observar os seguintes fatores:
- Tipo de fonte de luz;
- Distribuição da luminosidade;
- Qualidade do produto atende as especificações da lâmpada que irá ser utilizada;
- Características de instalação e manutenção.
As lâmpadas por sua vez também devem ter uma atenção especial, pois não é somente economia que conta nessa hora, alguns outros fatores também devem ser analisados, são eles:
- Fluxo luminoso: quantidade de luz emitida em lúmens, esse fluxo permite que seja calculado o consumo no sistema e também conhecer a eficiência luminosa do produto;
- Temperatura da cor: grandeza física expressa em Kelvin (K), que indica a aparência da cor da luz, onde basicamente quanto mais alto esse valor mais “fria” será a cor da luz, conforme ilustração abaixo;
- Índice de reprodução de cor (IRC): esse item refere-se a capacidade da de reproduzir as cores com maior precisão.
Cálculo Luminotécnico
Após ter conhecimento na base do ambiente podemos dar início aos cálculos de quantidade de luminárias necessárias para o ambiente e quanto de lúmens será necessário também.
Lúmens nada mais é do que a unidade de medida de luminosidade contida em cada lâmpada, esse valor ira determinar quantas lâmpadas você deverá comprar e qual a potência de cada uma para realizar a instalação correta das luminárias com as devidas lâmpadas.
O primeiro cálculo a ser realizado é do índice do ambiente, conhecido como RCR, esse fator é a relação contida entre as dimensões do local, tanto para iluminação direta quanto indireta e podemos calcula-lo através da seguinte fórmula:
Onde:
h: Diferença entre pé-direito e altura do plano de trabalho;
L: Largura do ambiente;
C: Comprimento do ambiente.
Feito o cálculo do RCR partimos para os dois últimos cálculos e assim determinar a quantidade de luminária a ser utilizada e quantos lúmens serão necessários.
Para isso devemos pegar alguns dados fornecidos pelo fabricante da luminária escolhida como o Fator de Utilização (FU), índice esse que é especifico de cada fabricante, e o Fluxo Luminoso (produto do Fluxo Luminoso da Lâmpada multiplicado pela quantidade de lâmpada da luminária adquirida), e dessa forma aplicamos a seguinte formula:
Onde:
E: determinado pela tabela de iluminância de acordo com as atividades do ambiente;
FD: Fator de depreciação, considerado 0,85, ou seja, 15% de perda.
Para sabermos a quantidade de lúmens adequada para o ambiente realizamos a seguinte conta:
Uma vez calculado a quantidade de luminária apropriada para o ambiente basta dividir o espaço para que fiquem deparadas de forma padronizada e homogenia.
5 Comentários
Poderia dar um exemplo pra ficar mais claro…
Tipo o projeto de uma avenida ou uma quadra de esportes.
Bom dia, você poderia me enviar um exemplo prático. Não estou conseguindo relacionar as equações.
Olá Jhones seja bem vindo ao Saber Elétrica. infelizmente no momento não disponho de um exemplo mais prático, esse artigo foi escrito por um dos redatores do site. Mas logo estaremos atualizando o artigo com mais detalhes.
Essa norma com os valores de lux mostrados na tabela foi cancelada em 2013 e substituída pela ABNT NBR ISO CIE 8995-1
Olá Lara agradeço pelo comentário estaremos atualizando o artigo.