Para garantir uma instalação elétrica segura e dentro das diretrizes da NBR5410, é necessária a utilização de dispositivos de segurança para a proteção dos circuitos da residência, tanto contra choques quanto sobreaquecimento ou surtos de corrente ou tensão.
Acompanhe nosso artigo para saber um pouco mais sobre o Disjuntor Termomagnético, o Interruptor Diferencial Residual (IDR) e o Dispositivo de Proteção contra Surtos (DPS).
Entenda a importância e funcionamento dos dispositivos de proteção para instalações elétricas residenciais
Disjuntor Termomagnético (DTM)
Quando um circuito elétrico é submetido a uma carga excessiva por um período prolongado de tempo, ocorre um sobreaquecimento dos condutores envolvidos, que pode se propagar inclusive para condutores próximos. Do mesmo modo, um curto-circuito gera um pico de corrente capaz de aquecer os condutores muito mais rapidamente.
Para evitar o desgaste ou mesmo a queima dos condutores da instalação, todo circuito residencial deve ser protegido com um disjuntor termomagnético, responsável por interromper o funcionamento de circuitos assim que eles apresentarem picos muito altos de corrente ou sinais de sobreaquecimento.
Disjuntor Termomagnético (DTM) tripolar, usado na proteção de circuitos trifásicos
A proteção contra curto-circuito se deve a uma bobina instalada nesse tipo de disjuntor. Com a variação brusca da corrente elétrica, característica de uma situação de curto-circuito, temos também uma forte variação do campo magnético. Se essa variação for suficiente para mover o núcleo de ferro do disjuntor, haverá interrupção mecânica do circuito.
A proteção contra sobrecarga é possível graças a um segundo mecanismo, composto por um atuador bimetálico. Esse atuador é composto por duas placas metálicas em contato, que se deformam e abrem o circuito caso sofram sobreaquecimento.
Interruptor Diferencial Residual (IDR)
A proteção contra choque elétrico é também indispensável numa instalação que segue as normas da NBR5410.
Para esse fim, é necessário o uso de um interruptor diferencial residual, capaz de detectar fugas de correntes (também chamadas de faltas), ou seja, diferenças entre a corrente que entra e a corrente que sai do dispositivo.
Essa diferença significa que uma parte da corrente que deveria circular pelo circuito foi desviada de sua trajetória e volta para o dispositivo com essa parte faltando. Isso pode ocorrer devido a um choque elétrico ou falhas de isolação.
Interruptor Diferencial Residual (IDR) Bipolar, usado para proteção contra fuga
O ideal é que além do DTM haja também um IDR para cada circuito elétrico do quadro de força. No entanto o custo desse dispositivo é consideravelmente alto e usar vários deles encarece bastante o projeto.
Uma solução também prevista em norma é a utilização de um único IDR na proteção geral, que apesar de ser mais barato, conta com a inconveniência de desarmar toda a instalação no caso da detecção de uma falta.
Dispositivos de Proteção Contra Surtos (DPS)
Além da proteção contra excesso e a detecção de falta de corrente, há também dispositivos especializados na detecção de variações bruscas da tensão elétrica. Picos de tensão podem ocorrer na presença de descargas atmosféricas, durante chuvas muito fortes, e tendem a danificar os dispositivos eletrônicos da residência.
Para prevenir a queima desses equipamentos, é aconselhável a instalação de um dispositivo de proteção contra surtos, capaz de limitar sobretensões e enviar para o terra os surtos de corrente que ocorrem caso uma descarga atmosférica entre em contato com a rede elétrica.
Dispositivo de Proteção contra Surtos (DPS)
Um único DPS é capaz de proteger toda a instalação elétrica, no entanto, há também a opção de proteção individual dos aparelhos com o uso de estabilizadores de tensão, feitos também para evitar a queima de dispositivos eletrônicos em situações de descarga atmosférica.
Conclusões
Seja para segurança humana ou manutenção do patrimônio, os dispositivos de proteção para instalação elétrica residencial são essenciais no nosso cotidiano.
Saber dimensionar corretamente esses equipamentos garante também que essa proteção não se torne um incômodo, com disjuntores que desarmam em momentos inapropriados graças a falhas de projeto.
Evite reclamações do cliente através do dimensionamento correto dos disjuntores e dispositivos de proteção
Vale lembrar também que a responsabilidade de criar e executar um projeto atendendo a todas as normas de segurança não é só uma exigência profissional, mas também um compromisso com a vida dos clientes, tendo em vista que acidentes fatais que podem ser evitados utilizando esse tipo de proteção.
9 Comentários
Muito bom esse artigo
Cara, me salvou aqui. Muito obrigado!!
Olá Thiago agradecemos pela visita no Saber Elétrica. Ficamos felizes por saber que o artigo o ajudou.
Muito bom com certeza é útil a muitas pessoas
Olá José agradecemos pela visita em nosso site.
Boa tarde.
Desculpe, não sou da área, mas imagino existir um dispositivo para retardar o retorno elétrico após quedas de energia, infelizmente tem se tornando frequentes na minha região…
Obg pelos esclarecimentos e ajuda
Olá Wagner bem vindo ao Saber Elétrica. Eu sinceramente não saberei lhe dizer se existe um dispositivo que faça exatamente esse trabalho com eficiência, mas você pode pesquisar no Google com esse termo – dispositivo para retardar o retorno elétrico após quedas de energia.
gOSTEI DO ARTIGO🤲🤲🤲
Bem vindo ao blog Saber Elétrica! Obrigado pelo feedback!