Todo profissional da área da elétrica em formação possui sempre uma indagação em comum, quais são as minhas atribuições perante o CREA? Ou então será que esses serviços que executo em minha empresa é pertinente a minha função?
Esses pontos são e devem ser esclarecidos, pois no momento da execução de um projeto devemos sempre ter conhecimentos das responsabilidades de cada profissional, até onde vai e o que cada profissional tem o dever de cumprir dentro de um projeto.
Sendo assim, vamos estudar nesse artigo um processo muito importante chamado de Gestão de Projetos, e nele abordarmos as responsabilidades de cada ponto de um projeto e explicar o que é uma gestão de projeto.
Gestão de Projetos
Antes de falarmos das responsabilidades vamos alinhas o ponto sobre gestão de projetos. Para definirmos projetos, devemos levar em consideração que todo projeto é uma tarefa temporária, ou seja, possui início, meio e fim, com isso, contém um escopo de recursos muito bem claros para sua execução.
Por fim, um projeto é constituído de algo fora da sua rotina, pois possui um conjunto de fatores específicos de operações em sua grande parte distintas mas que todas em harmonia pretendem alcançar o mesmo objetivo.
Já por sua vez Gestão de projetos é simplesmente a aplicação de técnicas, conhecimentos e habilidades que facilitam o desenvolvimento de todo e qualquer projeto.
Gestão de projeto então é a parte que consegue estudar todos os envolvidos nos projetos, todas as etapas, qual objetivo do projeto e fazer com que o projeto seja evoluído da melhor forma possível.
Responsabilidades do técnico no projeto
Todo projeto deve ter um responsável, assim como cada parte a ser executada de um trabalho possui também um responsável, ou seja, um arquiteto que desenvolve o projeto de uma casa é o responsável técnico pelo projeto, um engenheiro civil que executa a construção dessa casa é o responsável técnico pela construção e um eletricista ou técnico eletrotécnico que executa a instalação elétrica é o responsável técnico pela instalação elétrica da casa.
Sendo assim, buscamos no CONFEA (Conselho Federal de Engenharia e Agronomia) a exata parte da legislação que trata sobre as responsabilidades de um técnico credenciado pelo CREA, confira o trecho direto da legislação: “[…]
Art. 4º – As atribuições dos técnicos industriais de 2º grau, em suas diversas modalidades, para efeito do exercício profissional e de sua fiscalização, respeitados os limites de sua formação, consistem em:
I – executar e conduzir a execução técnica de trabalhos profissionais, bem como orientar e coordenar equipes de execução de instalações, montagens, operação, reparos ou manutenção;
II – prestar assistência técnica e assessoria no estudo de viabilidade e desenvolvimento de projetos e pesquisas tecnológicas, ou nos trabalhos de vistoria, perícia, avaliação, arbitramento e consultoria, exercendo, dentre outras, as seguintes atividades:
- 1) coleta de dados de natureza técnica;
- 2) desenho de detalhes e da representação gráfica de cálculos;
- 3) elaboração de orçamento de materiais e equipamentos, instalações e mão-de-obra;
- 4) detalhamento de programas de trabalho, observando normas técnicas e de segurança;
- 5) aplicação de normas técnicas concernentes aos respectivos processos de trabalho;
- 6) execução de ensaios de rotina, registrando observações relativas ao controle de qualidade dos materiais, peças e conjuntos;
- 7) regulagem de máquinas, aparelhos e instrumentos técnicos.
III – executar, fiscalizar, orientar e coordenar diretamente serviços de manutenção e reparo de equipamentos, instalações e arquivos técnicos específicos, bem como conduzir e treinar as respectivas equipes;
IV – dar assistência técnica na compra, venda e utilização de equipamentos e materiais especializados, assessorando, padronizando, mensurando e orçando;
V – responsabilizar-se pela elaboração e execução de projetos compatíveis com a respectiva formação profissional;
VI – ministrar disciplinas técnicas de sua especialidade, constantes dos currículos do ensino de 1º e 2º graus, desde que possua formação específica, incluída a pedagógica, para o exercício do magistério nesses dois níveis de ensino.
- 1º – Os técnicos de 2º grau das áreas de Arquitetura e de Engenharia Civil, na modalidade Edificações, poderão projetar e dirigir edificações de até 80m2 de área construída, que não constituam conjuntos residenciais, bem como realizar reformas, desde que não impliquem em estruturas de concreto armado ou metálica, e exercer a atividade de desenhista de sua especialidade.
- 2º – Os técnicos em Eletrotécnica poderão projetar e dirigir instalações elétricas com demanda de energia de até 800 Kva, bem como exercer a atividade de desenhista de sua especialidade.
- 3º – Os técnicos em Agrimensura terão as atribuições para a medição, demarcação de levantamentos topográficos, bem como projetar, conduzir e dirigir trabalhos topográficos, funcionar como perito em vistorias e arbitramentos relativos à agrimensura e exercer atividade de desenhista de sua especialidade.
Art. 5º – Além das atribuições mencionadas neste Decreto, fica assegurado aos técnicos industriais de 2º grau o exercício de outras atribuições, desde que compatíveis com a sua formação curricular. [..]”
Normas para projetos elétricos
Para se executar um bom projeto, devemos claro saber de algumas normas para que possamos assim inserir sistemas mais confiáveis e dentro das normas, a fim de conseguir o melhor resultado no objetivo.
Dessa maneira, vamos ajudar vocês com uma bela lista de normas técnicas que poderão ser muito uteis na hora de fazer um projeto, basta entrar no site da ABNT e ir direto na norma que deseja, confira:
- NBR IEC 61643-1 – Dispositivos de proteção contra surtos em baixa tensão
- NBR 8662:84 – Identificação por cores de condutores elétricos nus e isolados
- NBR 9311:86 – Cabos elétricos isolados – designação
- NBR 11301:90 – Cálculo da capacidade de condução de corrente de cabos isolados em regime permanente (fator de carga 100%)
- NBR NM 280:02 – Condutores de cabos isolados (IEC 60228, MOD)
- NBR 6251:06 – Cabos de potência com isolação extrudada para tensões de 1 kV a 35 kV – Requisitos construtivos
- NBR 7285:01 – Cabos de potência com isolação sólida extrudada de polietileno termofixo para tensões até 0,6/1kV – sem cobertura
- NBR 7286:01 – Cabos de potência com isolação sólida extrudada de borracha etilenopropileno(EPR) para tensões de isolamento 1kV a 35kV
- NBR 7287:92 – Cabos de potência com isolação sólida extrudada de polietileno reticulado(XLPE) para tensões de silamento de 1kV a 35kV
- NBR 7288:94 – Cabos de potência com isolação sólida extrudada de cloreto de polivinila(PVC) ou polietileno (PE) para tensões de 1kV a 6kV
- NBR 8182:03 – Cabos de potência multiplexados autossustentados com isolação extrudada de PE ou XLPE, para tensões até 0,6/1 kV – Requisitos de desempenho
- NBR 13248:00 – Cabos de potência e controle com isolação sólida extrusada e com baixa emissão de fumaça para tensões de isolamento até 1kV
- NBR 13418:95 – Cabos resistentes ao fogo para instalações de segurança
- NBR 5424:81 – Guia para aplicação de para-raios de resistor não linear em sistemas de potência – procedimento
- NBR 8186:83 – Guia para aplicação de coordenação de isolamento – procedimento
- NBR 8769:85 – Diretrizes para especificação de um sistema de proteção completo – procedimento
- NBR NM 247-3:02 – Cabos isolados com poli cloreto de vinila (PVC) para tensões nominais até 450/750V, inclusive – Parte 3: Condutores isolados (sem cobertura) para instalações fixas (IEC 60227-3, MOD)
- NBR 7117:81 – Medição da resistividade do solo pelo método dos quatro pontos (wenner)
- NBR 5287:88 – Para-raios de resistor não linear a carboneto de silício (SiC) para circuitos de potência de corrente alternada – especificação
- NBR 5356-1 – Transformadores de potência – Parte 1: Generalidades
- NBR 5356-2 – Transformadores de potência – Parte 2: Aquecimento
- NBR 5356-3 – Transformadores de potência – Parte 3: Níveis de isolamento, ensaios dielétricos e espaçamentos externos em ar
- NBR 5356-4 – Transformadores de potência – Parte 4: Guia para ensaio de impulso atmosférico e de manobra para transformadores e reatores
- NBR 5356-5 – Transformadores de potência – Parte 5: Capacidade de resistir a curtos-circuitos
- NBR 5359:89 – Elos fusíveis de distribuição – especificação
- NBR 8177:83 – Religadores automáticos – especificação
- NBR 11839:91 – Dispositivos-fusíveis de baixa tensão para proteção de semicondutores
- NBR 11841:92 – Dispositivos-fusíveis de baixa tensão, para uso por pessoas autorizadas – Fusíveis com contatos tipo faca
- NBR 11848:92 – Dispositivos-fusíveis de baixa tensão para uso por pessoas autorizadas – Fusíveis com contatos aparafusados
- NBR 11849:91 – Dispositivos-fusíveis de baixa tensão, para uso por pessoas autorizadas – Fusíveis com contatos cilíndricos
- NBR 11850 – Porta-fusíveis para fusíveis de pequeno porte e miniatura
- NBR IEC 60269-1:03 – Dispositivos-fusíveis de baixa tensão – Parte 1: Requisitos gerais
- NBR IEC 60269-2 – Dispositivos-fusíveis de baixa tensão – Parte 2: Requisitos adicionais para dispositivo-fusível para uso por pessoas autorizadas (dispositivos-fusíveis principalmente para aplicação industrial)
- NBR IEC 60269-2:03 – Dispositivos-fusíveis de baixa tensão – Parte 2: Requisitos adicionais para dispositivo-fusível para uso por pessoas autorizadas (dispositivos-fusíveis principalmente para aplicação industrial)
- NBR IEC 60269-3:03 – Dispositivos-fusíveis de baixa tensão – Parte 3: Requisitos suplementares para uso por pessoas não qualificadas (principalmente para aplicações domésticas e similares)
- NBR IEC 60269-3-1:03 – Dispositivos-fusíveis de baixa tensão – Parte 3-1: Requisitos suplementares para dispositivos-fusíveis para uso por pessoas não qualificadas (dispositivos-fusíveis para uso principalmente doméstico e similares) – Seções I a IV
- NBR IEC 60335-2-76 – Aparelhos eletrodomésticos e aparelhos elétricos similares – Segurança – Parte 2-76: Requisitos específicos para eletrificadores de cerca
- NBR IEC 60947-2:98 – Dispositivos de manobra e comando de baixa tensão – Parte 2: Disjuntores
- NBR IEC 61643-1 – Dispositivos de proteção contra surtos em baixa tensão – Parte 1: Dispositivos de proteção conectados a sistemas de distribuição de energia de baixa tensão – Requisitos de desempenho e métodos de ensaio
- NBR NM 60898:04 – Disjuntores para proteção de sobrecorrentes para instalações domésticas e similares (IEC 60898:1995, MOD)
- NBR 5410:04 – Instalações elétricas de baixa tensão – procedimento
- NBR 5419:05 – Proteção de estrutura contra descargas atmosféricas – procedimento
- NBR 13534:95 – Instalações elétricas em estabelecimentos assistenciais de saúde – requisitos para segurança
- NBR 13570:96 – Instalações elétricas em locais de afluência de público – procedimento
- NBR 14306:99 – Proteção elétrica e compatibilidade eletromagnética em redes internas de telecomunicações em edificações – Projeto
- NBR 14639:01 – Posto de serviço – Instalações elétricas
- NBR 5422:85 – Projeto de linhas aéreas de transmissão e subtransmissão de energia elétrica – procedimento
- NBR 5433:82 – Redes de distribuição aérea rural de energia elétrica – padronização
- NBR 5434:82 – Redes de distribuição aérea urbana de energia elétrica – padronização
- NBR 14039:05 – Instalações elétricas de média tensão de 1,0 kV a 36,2 kV
- NBR 5101:92 – Iluminação pública – procedimento
- NBR 5382:85 – Verificação de iluminação de interiores – procedimento
- NBR 5413:92 – Iluminância de interiores – procedimento
- NBR 10898:99 – Sistema de iluminação de emergência – procedimento
- NBR 7844:83 – Identificação dos terminais e das terminações de equipamentos elétricos – Disposições gerais para identificação por meio de notação alfanumérica
- NBR 8755:85 – Sistemas de revestimentos protetores para painéis elétricos – procedimento
- NBR 14136:02 – Plugues e tomadas para uso doméstico e análogo até 20 A/250 V em corrente alternada – Padronização
- NBR IEC 60439-1:03 – Conjuntos de manobra e controle de baixa tensão – Parte 1: Conjuntos com ensaio de tipo totalmente testados (TTA) e conjuntos com ensaio de tipo parcialmente testados (PTTA)
- NBR IEC 60439-2:04 – Conjuntos de manobra e controle de baixa tensão – Parte 2: Requisitos particulares para linhas elétricas pré-fabricadas (sistemas de barramentos blindados)
- NBR IEC 60439-3:04 – Conjuntos de manobra e controle de baixa tensão – Parte 3: Requisitos particulares para montagem de acessórios de baixa tensão destinados a instalação em locais acessíveis a pessoas não qualificadas durante sua utilização – Quadros de distribuição
- NBR IEC 60529:05 – Graus de proteção para invólucros de equipamentos elétricos (código IP)
- NBR IEC 62208:03 – Invólucros vazios destinados a conjuntos de manobra e controle de baixa tensão – Regras gerais
Agora, você profissional que acompanha o Saber elétrica gostaria de saber um pouco mais de alguma norma, deixe seu comentário abaixo mencionando a norma e faremos com certeza um artigo com essa norma e esclarecendo as dúvidas.
1 comentário
Parabéns pelo artigo!!!!
Vai ajudar em muito a minha vida profissional, sou Eletrotécnico e amo minha profissão!!!!