Os fusíveis são constituídos por um condutor de seção reduzida (elo fusível) em relação aos condutores da instalação, montados em uma base de material isolante.
Quando ocorre sobrecorrente, o elo fusível funde-se, interrompendo a passagem de corrente elétrica, evitando danos à instalação e aos equipamentos.
Características elétricas:
- Corrente nominal: valor de corrente que o fusível deve suportar continuamente sem interromper o circuíto;
- Corrente de ruptura: valor máximo de corrente que o fusível consegue interromper;
- Corrente convencional de atuação: valor especificado de corrente que provoca a atuação do dispositivo de proteção dentro de um tempo determinado;
- Curva característica: apresenta a relação entre o tempo necessário para interrupção em função da corrente.
De acordo com o tempo de atuação, podem ser classificados em rápidos e retardados.
Os fusíveis retardados são empregados na proteção de motores, devido a corrente de partida girar em torno de três a oito vezes o valor da corrente nominal.
Elo Fusível
Pode ser feito de chumbo ou de cobre recoberto de zinco.
Tipos de Fusíveis
Fusíveis de vidro: Utilizados para proteção de circuítos eletroeletrônicos, filtros de linha, estabilizadores de tensão, no-break, porta fusíveis veiculares modelos antigos, entre outros.
Tipo rolha: corpo de porcelana com os contatos sendo realizados através de rosca de fixação ao soquete e de um terminal na parte inferior.
O elo fusível é constituído de liga de chumbo-estanho. São encontrados nas correntes nominais de 10, 15, 20, 25 e 30 ampères. Devido às suas características, são pouco confiáveis. Não atendem à NBR 5410 e NBR 11840.
Tipo cartucho: construído num corpo cilíndrico de papelão ou fibra, com terminais de cobre, tipo faca ou virola. O elo fusível pode ser de chumbo-estanho ou cobre.
São de baixo valor aquisitivo e, como o tipo rolha, apresentam o problema das bases servirem para diversas correntes nominais, possibilitando substituição por outro de maior capacidade de corrente nominal, colocando em risco a segurança da instalação. Não atendem à NBR 5410 e NBR 11840.
Tipo DIAZED: Construído em um corpo de porcelana cilíndrico, fechado nas extremidades por tampas metálicas por onde é feito o contato com a base. Esta foi projetada para alojar somente os fusíveis de determinada corrente nominal. Portanto, não existe a possibilidade de instalar nas bases fusíveis de corrente nominal diferente daquela que foi pré-determinada para o circuíto.
Existe em seu corpo um indicador de fusão que é um pequeno círculo colorido na janela frontal. Quando ocorre a fusão do elo fusível, o ponto colorido se desprende, indicando que o elo fusível está fundido. São encontrados fusíveis diazed de 2 a 100 A de corrente nominal, porém a corrente de ruptura é da ordem de 100 KA.
São construídos nas versões rápida e retardada. Empregados em instalações elétricas que exigem maior confiabilidade, e em proteção de motores na versão retardada.
DIAZED DIA = Diâmetro; Z = Duas partes (bipartido); ED = Rosca do tipo Edson
Tipo SILIZED/SITOR: esses fusíveis tem como características serem ultrarrápidos. São, portanto, ideais para a proteção de aparelhos equipados com semicondutores (tiristores e diodos) em retificadores e conversores.
Tipo NEOZED: Fusíveis de menores dimensões e com características de retardo da atuação, utilizados para proteção de redes de energia elétrica e circuítos de comando.
Tipo NH: os fusíveis limitadores de corrente NH reúnem as características de fusível retardado para correntes de sobrecarga e de fusível rápido para correntes de curto-circuíto.
São próprios para proteger os circuítos que em serviço estão sujeitos às sobrecargas de curta duração, por exemplo, partida direta de motores trifásicos com rotor em gaiola.
Possuem os contatos (facas) prateados, o que proporciona perdas muito reduzidas no ponto de ligação e o corpo de esteatita para garantir a segurança total.
NH: N = baixa tensão; H = Alta capacidade de interrupção
Tensão nominal: 500Vca/250Vcc.
Capacidade de interrupção nominal: 120 kA até 500 Vca; 100 kA até 250 Vcc.
Elo Fusível Rabicho: Utilizado para proteção de circuítos de distribuição de energia elétrica, proteção de equipamentos das concessionárias de energia elétrica, proteção de entradas primárias de consumidores atendidos em Média Tensão até 100 A.
Utilizados nas Classes de Tensão de 5 kV, 15 kV, 25 kV e 35 kV.
Corrente nominal: 1 a 100 A.
Tipo HH: Fusível utilizado em cabines primárias, para proteção de transformadores, capacitores e motores ligados em Média Tensão.
Precauções a serem tomadas nas substituições de fusíveis:
- Nunca utilizar um fusível com capacidade superior ao projetado para instalação nem por curto período de tempo.
- Na falta do fusível, no momento da troca, jamais faça nenhum tipo de remendo, supondo que a instalação estará protegida.
- No lugar do fusível queimado, pode ser colocado um outro de menor capacidade de corrente até que seja providenciado o correto.
- Se o rompimento do fusível se deu por sobrecarga, fazer um levantamento de carga do circuíto para redimensioná-lo.
- Se a causa do rompimento foi curto-circuíto, realizar o reparo na instalação antes da substituição do fusível.
- Nos casos de fusíveis tipo rolha, não colocar moeda para substituir o elemento fusível rompido nem jumper de fio de cobre.
- Nos casos de fusível rolha, procurar substituir o conjunto por disjuntores.
- Na substituição de fusíveis tipo cartucho, desligar a chave geral e lixar os contatos do porta fusíveis antes da troca.
13 Comentários
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Agradecemos pela visita.
Obrigado, Reverson. Seja sempre bem vindo ao saber Elétrica.
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Estou em um projeto de um aparelho elétrico e necessito introduzir entre o a parelho e a rede elétrica um fusível ,ou seja, este fusível deverá estar entre o aparelho e o final do plug.
Como fazer, como eu ligo o porta fusível para ocorrer essa interrupção.
A ligação é feita em série com a FASE do equipamento. Sendo que a corrente deverá ser dimensionada de acordo com a potencia do equipamento.
Fusíveis são, em geral, para proteger a fiação e devem ser dimensionados conforme a capacidade do cabo de alimentação que, por sua vez, deve superar com segurança o consumo do aparelho. Para proteger o aparelho, deve-se conhecer o perfil da corrente de entrada, i. é, os valores possíveis e os tempos de duração da forma de onda da corrente. Cada fabricante de fusíveis tem tabelas e gráficos que mostram a relação entre o tempo para abertura (queima) e a corrente eventual em relação à nominal (marcada no fusível). Isto também depende do tipo (de retardado a ultrarápido) e basta confrontar as tabelas ou gráficos para fazer a escolha. P. ex. motores e lâmpadas têm correrntes de partida de 3 a 8 vezes a de regime, com tempos semelhantes. Já, transistores de potência podem queimar em microssegundos; então, o transistor é que protegeria o fusível 🙂
Olá José Eduardo seja bem vindo ao saber eletrica. agradeço pelo participação com o comentário feito.
qual o nome completo do autor?
Bem vindo ao Saber Elétrica, Junior! Adolpho Moya é o nome do autor, mais conhecido por Adolpho Eletricista.